Jantar dos Conjurados 2025
No dia 30 de Novembro de 2025, pelas 20h00, realizou-se, no Restaurante Churrasqueira de Caldelas, em Caldelas, Amares, o tradicional Jantar dos Conjurados, numa organização conjunta das Reais Associações de Braga e de Viana do Castelo. O encontro constituiu um magnífico momento de convívio e memória histórica, reunindo numerosos associados e simpatizantes da causa monárquica.
A sessão teve início com a intervenção do Senhor Presidente da Direcção da Real Associação de Braga, Dr. Gonçalo Pimenta de Castro, que saudou calorosamente todos os presentes, dirigindo uma palavra especial aos representantes da Real Associação de Viana do Castelo, entre os quais os senhores Dr. José Aníbal e Marinho Gomes. Foi também particularmente assinalada a presença de Dom José de Almada, membro da Direcção da RAVC e descendente directo do conjurado de 1640 Dom Antão Vaz de Almada, que, nas suas palavras, evocou a coragem dos Restauradores e a simbólica ligação ao Palácio da Independência, em Lisboa — “a casa onde Portugal recuperou a sua liberdade”.

O momento central do jantar contou com a intervenção do Senhor Professor Doutor Rui Ferreira, historiador bracarense, que apresentou a comunicação: «Dom Sebastião de Matos: o Arcebispo Conspirador». A palestra, cuidadosamente contextualizada, analisou a complexa figura de Dom Sebastião de Matos de Noronha, arcebispo de Braga entre 1635 e 1641, cuja actuação histórica se distinguiu pela fidelidade à Monarquia Filipina e pela oposição à aclamação de Dom João IV, permanecendo fiel a Filipe IV de Castela (Filipe III de Portugal). A sua participação em tentativas conspiratórias contra a nova Dinastia de Bragança ofereceu aos presentes uma visão aprofundada das tensões políticas e religiosas que marcaram o período da Restauração.
A noite culminou com um belo momento musical, sob direcção artística dos associados da Real Associação de Braga, Sr.ª Dr.ª Alexandra Lopes (voz) e Dr. Paulo Arruda (viola). O jantar encerrou com todos os presentes a entoar o Hino da Restauração da Independência, num gesto de união e reverência pelos heróicos Conjurados de 1640.







